Imagem encontrada AQUI.
Este é um assunto relativamente
complexo, pois as fontes não coincidem na resposta.
1. Flip
Na rubrica Dúvidas Linguísticas é dada esta resposta em 2005: “As palavras senhor ou senhora são usadas como formas de
tratamento de cortesia em relação a alguém a quem nos dirigimos. Assim, devem
concordar em género e número com o destinatário da mensagem (ex.: As senhoras
desejam chá? [sendo o destinatário feminino plural]; O senhor dá-me licença?
[sendo o destinatário masculino singular]).
Na
frase em questão na sua dúvida, trata-se de uma resposta dada coloquialmente
(ex.: sim, senhora, trago-lhe já; não, senhores, não podem fazer isso), mas que
mantém a forma de tratamento e deve obedecer à concordância lógica com o
destinatário, pelo que a frase deverá ser, com um destinatário do sexo
masculino, Sim, senhor, trago-lhe já.”
Simples e fácil de aplicar, mas bom de mais para ser
verdade, como vamos ver noutras fontes.
2. Ciberdúvidas
2.1 2006:
Pergunta: “Li
num prontuário que comprei a expressão «Sim, senhor» deve ser adaptada em
função do receptor, ou seja: a uma mulher digo «sim, senhora»; a um homem,
«sim, senhor»; a dois homens, «sim, senhores»; a duas mulheres, «sim,
senhoras». É de facto assim, ou também posso usar «sim, senhor»,
independentemente de com quem falo?”
Resposta: “Na
avaliação da pertinência ou corre(c)ção de qualquer enunciado é sempre
necessário atender ao contexto situacional e discursivo envolvente.
Assim,
se o enunciado em causa for uma resposta positiva na sequ[ü]ência de uma ordem
dada a um subordinado, o locutor diz «Sim, senhor(a)» ou «Sim, senhores(as)».
No
entanto, é comum o uso de «Sim, senhor» em enunciados iró[ô]nicos, e aí a
expressão parece funcionar como uma expressão fixa ou lexicalizada (e não
varia, portanto).”
Um dado novo: em enunciados irónicos, “sim, senhor” pode
ser invariável, independentemente do recetor. Complica-se o caso…
2.2 Rubrica “Controvérsias”, em 1998:
Peixoto da Fonseca, respondendo a um
artigo do Expresso, diz: “Concordo com tudo o que diz sobre "sim, senhor"
(ou senhora); se estivermos muito admirados, por exemplo, é-nos lícito exclamar
"sim, senhora!", sem pensar em qualquer espécie de interlocutor, que
pode até nem existir. Fenómenos interessantes da língua portuguesa!”
Mais uma acha para a fogueira. Afinal, também pode
dizer-se “sim, senhora!”, sem termos em conta o interlocutor?
CONCLUSÕES POSSÍVEIS:
Portugal
(norma luso-afro-asiática) e Brasil (norma brasileira)
1. Na resposta a alguém, numa
situação de comunicação, como fórmula de cortesia:
sim, senhor/sim, senhora/sim, senhores/sim, senhoras,
em função do sexo do(s) interlocutor(es).
Exemplo: “Traga-me um café, por
favor.” (Sofia) / “Sim, senhora.” (empregado)
2. a) Com uma intenção irónica ou numa
manifestação de espanto:
sim, senhor/sim, senhora,
independentemente do interlocutor.
Exemplo: “Sim, senhor (ou sim, senhora), lindo serviço!”
b) Como sinónimo de “sem dúvida!”, “claro que sim!”:
sim, senhor/sim, senhora,
independentemente do interlocutor.
Exemplo: “Já fizeste os
trabalhos?” (pai) “Sim, senhora!” (filho).
|
Abraço.
Bom, António, esta é "bué" fácil, porque tem de haver concordância com o sujeito.
ResponderEliminarInfelizmmente, continuamos a ouvir, sim senhor, dito a uma senhora, ou vice-versa(tem hífen?)
Boa noite.
Sonhe com princesas! É frase imperativa.
Olá.
ResponderEliminarPostagem divulgada no Portal Teia.
Não se preocupe em pedir divulgação diariamente, o objetivo é esse mesmo, girar visitas.Pode pedir divulgação quando quiser.
Até mais
Muito agradecido pelo esclarecimento
ResponderEliminar