Na minha horta, os tomates (lindos!) começam a amadurecer...
O termo vem do nauatle (o idioma dos
astecas) tomatl (“a fruta que incha”). Em 1532 é adaptado para o
castelhano (tomate), entrando posteriormente no português. Segundo o Houaiss, o termo remonta a 1721.
José Pedro Machado, no seu Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa, volume V, apresenta um extrato da obra História da América Portuguesa I, século
XVIII: “Das hortaliças da Europa há no Brasil alfaces… nabos… cenouras… tomates…
e beldroegas…”
Nota: Na região centro de Portugal (Beiras), usa-se o regionalismo tomata (género feminino).
Sobre a interessante
história sobre a história deste fruto:
“O tomate é o fruto do
tomateiro (Solanum lycopersicum; Solanaceae). De sua família, fazem também
parte as berinjelas, as pimentas e os pimentões, além de algumas espécies não
comestíveis.
Originário das Américas Central e do Sul, era amplamente cultivado
e consumido pelos povos pré-colombianos, sendo atualmente cultivado e consumido
em todo o mundo. (…)
A maioria dos botânicos atribui a origem do cultivo e do consumo (e
mesmo a seleção genética) do tomate como alimento à civilização inca do antigo
Peru, o que deduzem por ainda persistir, naquela região, uma grande variedade
de tomates selvagens e algumas espécies domesticadas (de cor verde) conhecidas
apenas ali.
Estes acreditam que o tomate da variedade Lycopersicum cerasiforme,
que parece ser o ancestral da maioria das espécies comerciais atuais, tenha
sido levado do Peru e introduzido pelos povos antigos na América Central, posto
que foi encontrado amplamente cultivado no México.
Outros estudiosos acreditam que o tomate seja originário da região
do atual México, não apenas pelo nome pertencer tipicamente à maioria das
línguas locais (náuatles), mas porque as cerâmicas incas não registraram o uso
do tomate nos utensílios domésticos, como era costume. Os primeiros contestam
tal objeção, pelo fato de que muitas outras frutas e alimentos dos incas também
não foram representados nas cerâmicas.”
Abraço
e boas saladas!
António
Pereira