Os meus méis preferidos: à esquerda, de urze (de Góis, Coimbra); à direita, de eucalipto (de Montemor-o-Novo, Évora).
E o plural de mel é…
meles e méis
Numa resposta dada no Ciberdúvidas em 2003,
é dada uma explicação histórica para este facto:
“No Latim, língua a partir da qual nasceu o Português, para formar o
plural das palavras acabadas em vogal, acrescentava-se um -s, como ainda hoje
se faz; e acrescentava-se -es para formar o plural das palavras que acabavam em
consoante. Assim, de acordo com esta regra latina, o plural de mel é meles (mel
+ es), tal como acontece com a palavra mal, que no plural é males. Durante a
evolução do Português, registaram-se muitas modificações nas regras
gramaticais. Uma dessas modificações, que ainda hoje se mantém, foi,
precisamente, a formação dos plurais em palavras acabadas em -al, -el, -ol e
-ul. Segundo esta regra, retira-se o -l que está no fim da palavra e
acrescenta-se -is. Por isso, méis, também pode ser o plural de mel (mel-> mé
+ is). As palavras pardal (pardais); papel (papéis); farol (faróis) e azul
(azuis) são exemplos da formação do plural com esta regra. Mas atenção, a
palavra mel é, de todas as palavras aqui apresentadas, a única que pode ter
dois plurais; é uma excepção na Língua Portuguesa, a formação do plural na
grande maioria dos substantivos acabados em -l faz-se aplicando apenas a regra
‘nova’.”
Mais algumas palavras terminadas em –l que admitem
dois plurais:
gel (géis e geles), aval (avais e avales), cal (cais e cales), til(tis e tiles).
Desejo a todos muito mel e outras doçuras
da vida!
AP
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