A consulta de um dicionário diz-nos
que o pleonasmo é um “recurso
estilístico que consiste em usar intencionalmente palavras e expressões
repetitivas e redundantes para tornar uma ideia mais expressiva”, mas também é
sinónimo de algo “supérfluo, desnecessário”.
Num caso e noutro, a origem da
palavra é esclarecedora. Vem do grego pleonasmos (pelo latim pleonasmu),
significando «superabundância».
SISTEMATIZANDO:
1. O PLEONASMO pode ser VIRTUDE expressiva:
“Assombros da natureza, vistos com os olhos, palpados
com as mãos, e pisados com os pés.” (Padre António Vieira)
“Chovia uma triste chuva de resignação.” (Manuel Bandeira)
“E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu
riso e derramar meu pranto.” (Vinicius de Morais)
2. Mas também pode VÍCIO a evitar:
“entrar para dentro”, “sair para fora”, “subir para cima”, “descer para baixo”, “hemorragia de sangue”, “plebiscito
popular”, “unanimidade de todos”,
“repetir de novo”, “há cinco dias atrás”, “segredo secreto”, “decapitar a cabeça”, “acabamento
final”, etc.
Nota: Há expressões tão
utilizadas que nem nos damos conta de que são pleonasmos. Exemplos: “erário público” (a ideia de público já
está associada ao termo erário); “vereador
municipal” (chama-se vereador por ser eleito para a câmara municipal); “elo de ligação” (elo já significa cada
um dos anéis de uma cadeia).
Abraço superabundante para todos com braços do tamanho do mundo!
ProfAP
Imagem encontrada AQUI.
Nesse caso António ,
ResponderEliminarPoderíamos dizer que a Valesca Popozuda tem um pleonasmo ?
kkkkkk
abs
Kiko