Tive um pai biológico (falecido já há uns anos). Frio,
distante, violento (física e psicologicamente). Com a coragem que o
desespero às vezes dá, saí de casa aos 18 anos e segui em frente. E durante
toda a minha vida tenho tentado atenuar os efeitos dessa orfandade afetiva…
No dia de hoje, deixo um cumprimento especial a
todos os pais que o são de corpo e alma, com carinho e amor.
Passemos à questão linguística, hoje em segundo
plano.
CONCLUSÃO:
PAI (como padre) tem origem no latim patre
Nota: A definição técnica da
palavra no dicionário parece pobre: “aquele que procriou um ou mais filhos; progenitor/homem
que exerce as funções paternas”. (Infopedia)
Abraço.
AP
Imagem encontrada AQUI.
Antônio, entendo seu sentimento. Embora meu pai não tenha sido violento em dose exagerada, lembro de uma surra de cinta que levei quando tinha pouco mais de dois anos de idade. Deixou listras nas costas que foram pensadas pela mãe com não sei que unguento, mas ficou marcado. Depois nunca mais.
ResponderEliminarAinda criança, adoentado e minha mãe às voltas com meu irmão que iria nascer, fui levado pela avó para sua casa e por lá acabei ficando até aos 12 anos de idade, com raras passagens de alguns dias na casa dos pais. Fiquei quatro anos no colégio interno (Seminário Diocesano), dois em casa trabalhando, depois serviço militar. Nesse ínterim a família se mudou do RS para Paraná e eu segui depois.
Logo fui trabalhar na cidade para estudar e nunca mais fiquei em casa. Dos 66 anos de idade, convivi com minha família menos de 5 ao todo. Estou distante dos tios com quem convivi mais na infância e também da família. Literalmente me sinto de certo modo órfão de pai, mãe e irmãos.
Não posso dizer se é de todo desvantajoso, mas em muitos momentos me vejo desejando uma convivência mais próxima e ela é na verdade impossível. Me tornei uma especie de "objeto estranho" no corpo da família. Mas é minha sina e considero minha família a esposa e os filhos, todos perto de mim, embora não sejam muitos (três filhos).