0,5% das palavras que dizemos
diariamente são palavrões!
A
maioria dos palavrões existe há várias centenas de anos e está longe de ser uma
invenção dos tempos modernos. Melissa Mohr, especialista em literatura medieval
e autora de Holy Sh*t: A Brief History of Swearing, defende que o hábito de
dizer asneiras vem desde o tempo dos romanos.
“Os
romanos são importantes na história dos palavrões porque as asneiras que usavam
eram baseadas nos tabus sexuais e de excreção, como acontece na maioria das
línguas modernas”, explicou a autora ao Observador. “Eram baseados no corpo
humano e em ações. Mas, como tinham um esquema sexual muito diferente, alguns
dos seus palavrões eram usados de maneiras diferentes.”
Já
Steven Pinker, psicólogo e linguista que se tem dedicado ao estudo dos
palavrões, acredita que a raiz histórica de muitos palavrões — principalmente
aqueles que surgiram durante a Idade Média — é a religião. “Para entender as
asneiras religiosas, temos de nos pôr no papel dos antigos linguistas, para os
quais Deus e o inferno eram uma presença real”, referiu o professor da
Universidade de Harvard.
Na
Idade Média, usar o nome de Deus ou de Cristo de forma blasfema era como usar o
pior dos palavrões. “Acreditava-se que isso deixava Deus furioso e que era
visto como uma forma muito de discurso muito negativa”, explicou Melissa Mohr.
“Jurar pelas partes do corpo de Cristo — pelas unhas de Deus, pelas chagas de
Cristo, etc. — era particularmente mau, porque se acreditava que esses juramentos
podiam magoar fisicamente o corpo de Cristo, que estava no Céu, sentado à
direita de Deus.”
Foi
também durante a época medieval que surgiram expressões como vai para o diabo,
em parte devido à superstição existente em torno de determinadas palavras (como
é o caso de diabo). Para a autora norte-americana, porém, não é apenas uma
questão de religião. O surgimento dos chamados palavrões “religiosos” está
também relacionado com a definição de tabu e de privacidade que existia na
altura.
Clique no link acima transcrito e entre neste
interessante e detalhado artigo da autoria de Rita Cipriano (jornal online Observador). Lá encontrará a história de palavras e expressões que
todos conhecemos: p…, c…, f….-se.
Abraço e boa leitura! ;)
ProfAntónio
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