Um hífen maroto no Jornal das 8 da TVI do dia 12/11/15...
Apesar da simplificação (insuficiente) e sistematização
das regras introduzidas pelo AO90, a hifenização não dececiona todos aqueles
que gostam de emoções no momento de decidir se colocam aquele pequeno tracinho, o verdadeiro mafarrico da língua portuguesa.
As razões por que escrevemos CABO
VERDE sem hífen e CABO-VERDIANO com estão nas regras em vigor há cerca de 70
anos e que o AO90 não alterou.
EXPLICAÇÃO:
CABO VERDE 
(sem hífen) 
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Só há hífen nos topónimos (nomes de
  lugares) compostos iniciados por grã,
  grão, forma verbal ou ligados
  por artigo: Grã-Bretanha,
  Grão-Pará; Abre-Campo; Mira-Sintra;
  Montemor-o-Novo, Proença-a-Nova, Trás-os-Montes. 
Exceções: Guiné-Bissau e Timor-Leste. 
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CABO-VERDIANO 
(com hífen) 
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Há hífen em todos os compostos derivados de topónimos: são-tomense,
vila-relense, vila-condense, rio-grandense-do-sul. 
Nota: Esta é uma regra altamente rentável, pois não há exceções. Poderá acontecer nalguns casos
  (poucos) coexistir com a forma hifenizada uma grafia aglutinada.  
Exemplos: S. Tomé e Príncipe
  (são-tomense e santomense) e o caso mais
  interessante é o da designação dos habitantes de São João da Madeira (no
  norte de Portugal): duas grafias hifenizadas (são-joanense e são-joanino)
  e duas aglutinadas (sanjoanino e sanjoanense). O
  Portal da Língua Portuguesa regista também sã-joanense e sã-joanino. 
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Abraço.
ProfAP

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