Ao rever um texto da associação de voluntários de
que faço parte, encontrei a grafia “assembleia geral”. O primeiro impulso foi juntar um hífen. Por um lado, porque há uma unidade
de sentido entre as duas palavras, o que faz delas um composto com autonomia
como secretário-geral, diretor-geral ou direção-geral; por outro, porque a Infopédia (o dicionário que
costumo consultar) regista “assembleia-geral”.
Como cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal
a ninguém, resolvi aprofundar o assunto, consultando outros dicionários e o
Ciberdúvidas…
As conclusões não podiam ser (para mim) mais surpreendentes:
1. Excluindo a Infopédia, todos os dicionários
(incluindo o da Academia das Ciências de Lisboa) registam a grafia sem hífen (“assembleia
geral”), o mesmo acontecendo com a Academia Brasileira de Letras e o Portal da
Língua Portuguesa.
2. A justificação para a não hifenização parece
estar no facto ser essa a grafia apresentada no Vocabulário da Língua
Portuguesa (1966), de Rebelo Gonçalves, o que quer dizer que era a grafia recomendada
pelo Acordo Ortográfico de 1945 (não alterada pelo AO90).
Perante o exposto, não me resta alternativa: lá
terei de fazer o luto pela perda daquele hífen que me acompanhou a vida toda…
CONCLUSÃO:
PORTUGAL e BRASIL
|
Devemos escrever assembleia geral!
Nota: O mesmo se aplica a todas as designações que
incluam a palavra assembleia: assembleia constituinte , assembleia representativa, assembleia de voto , etc.
Mas, para complicar:
secretário-geral, diretor-geral, direção-geral…
|
Abraço de bom fim de semana!
ProfAP
Imagem encontrada AQUI.
Grato!
ResponderEliminar