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dezembro 17, 2013

.Prova de avaliação dos “profes”: o monstro avança mesmo…

Parece que aquela “coisa” travestida de avaliação válida e fiável se vai mesmo realizar amanhã.
O que é que a prova vai avaliar com relevância para o exercício prático da docência? Nada, absolutamente nada!
Tanto o Provedor de Justiça como a UGT acabaram (ingenuamente?) por validar um monstro sem pés nem cabeça.
O Provedor pediu ao Ministro da Educação para poupar “os professores contratados e mais experientes à prova de avaliação de conhecimentos”, enquanto a UGT cedeu a troco de um acordo que “salva” os docentes com cinco ou mais anos de serviço.
Em ambos os casos, se ignorou o essencial: como se aplica uma prova teórica sem qualquer relação com a prática letiva a pessoas que já exerceram e tiveram uma avaliação do desempenho no terreno? É caso para dizer que de boas intenções está o Inferno cheio…

Notas finais:
1. Que os tribunais decidam que a prova não é ilegal nem “causa danos irreparáveis” não surpreende, uma vez que o que entra pelos olhos dentro é que ela é, acima de tudo, estúpida e inútil. Mas esse é um veredicto que não podemos esperar dos tribunais…
2. Espanta-me o despudor da ex-Ministra Maria de Lurdes Rodrigues, quando, a cavalgar a onda de contestação, vem dizer que o Governo geriu com "atrapalhação e incompetência" prova dos professores. “Diz o roto ao nu: porque não te vestes tu?”

Um abraço solidário a todos os que amanhã vão ser cobaias do pseudorrigor* de Nuno Crato.
António Pereira

*É estranha a grafia, mas é mesmo assim. BASE XVI do AO90, nº 2 a).

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