1. Sendo verdade
que o Novo Acordo semirrevolucionou a hifenização, as alterações aplicam-se, sobretudo, às formações por prefixação
(autoavaliação, coopção, minirrelatório…) e às locuções (pão de ló, fim de semana, canto do cisne…).
2. Em relação às
palavras compostas, sem elementos de ligação (como é o caso de hoje), nada de
novo. O AO90 retoma a regra consagrada pelo
Formulário de 1943 (Brasil) e pelo Acordo de 1945 (Portugal): “Emprega-se o hífen nas palavras compostas por justaposição que não
contêm formas de ligação e cujos elementos, de natureza nominal, adjetival,
numeral ou verbal, constituem uma unidade sintagmática e semântica e mantêm
acento próprio, podendo dar-se o caso de o primeiro elemento estar reduzido:
ano-luz, (...), arco-íris, decreto-lei (...), médico-cirurgião,
rainha-cláudia, tenente-coronel, tio-avô (...),
amor-perfeito, guarda-noturno (...); afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro,
luso-brasileiro, primeiro-ministro, primeiro-sargento, (…) guarda-chuva.” (Nº 1 da
Base XV do NAO)
Havendo
unidade semântica na adição bolo+rei,
neste Natal, a tradição vai continuar a ser o que era: bolo-rei, embora sem brinde nem fava…
QUANTO À ORIGEM DO BOLO-REI:
"Surgiu no fim do séc. XVII, em França, na corte de Luís XIV. Com a Revolução de 1789, a sua venda foi proibida e o bolo passou a chamar-se gâteau des sans-culottes (*). A receita que se tornou popular em Portugal é originária da região de Loire." Fonte: Revista Sábado (12.12.2013).
*Sans-culottes foi o nome dado pelos aristocratas, durante a Revolução Francesa, aos artesãos,
trabalhadores e pequenos proprietários. Os
culottes eram uma espécie de calções
justos (que apertavam no joelho) usados pelos nobres e burgueses ricos. Os
homens de outros extratos sociais usavam calças largas grosseiras feitas de
algodão.
Abraço!
AP
António, desculpa, afinal como é que se escreve, bolo rei? Bjs
ResponderEliminarContinua a escrever-se como se escrevia: bolo-rei! ;)
EliminarBj
AP
Lol... no plural...
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