Ouvimos e lemos, consoante os emissores, “Chipre”, “o
Chipre”, “em Chipre” e “no Chipre”.
Quem tem razão? Há regras que nos possam ajudar a
identificar o uso correto ou esta pequena república é uma exceção?
1. As regras determinam
que devemos empregar “normalmente o artigo definido com os nomes dos países,
regiões, continentes, montanhas, vulcões, desertos, constelações, rios, lagos,
oceanos, mares e grupos de ilhas: o
Brasil, a França, os Estados Unidos, a Guiné, a África, o Himalaia, os Alpes, o Saara, o Nilo, o Atlântico, o
Mediterrâneo, os Açores.»
2. No entanto, são
várias as exceções:
a) Nomes de países e regiões que costumam rejeitar o
artigo: Portugal, Angola, Moçambique, São Salvador, etc.
b) Nomes de países que podem escrever-se com e sem
artigo: Espanha, Inglaterra e Itália, por exemplo.
c) Os nomes das cidades, de localidades e da maioria das
ilhas: Paris, Lisboa, Creta, Malta.
No entanto, alguns nomes de cidades construídos a partir de nomes
comuns conservam o artigo. Exemplos: o
Rio de Janeiro, a Guarda, o Porto.
Resposta:
Quanto a Chipre, é um dos casos
referidos em a). Logo, é uma exceção à regra. Assim sendo, o correto é o uso sem artigo, pelo que devemos dizer: "Vivo em Chipre.”;“Venho de Chipre.”; “Vou para Chipre” e... "República de Chipre"!
Fonte: Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Lindley Cintra e
Celso Cunha, citada pelo Ciberdúvidas.
Abraço.
AP
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