Aula desta tarde com o grupo que trabalha na floresta (interrompida pela chuva forte que está a cair há quatro horas)...
Após a chegada, e depois de uma conversa com
a Solange, dona do Ponta Anchaca (onde irei viver até ao final do mês), percebi
que a planificação que trazia e as atividades previamente preparadas, com raras
exceções, não eram adequadas.
Por e-mail, foi-me dito que a eu decidia “sur
place” o que fazer e como fazê-lo. Resumindo e concluindo, qual o meu trabalho?
1. Falar com todos os funcionários, guineenses e senegaleses (88+14 estagiários
vindos da ilha de Canhabaque) em português e interagirmos em todas as situações
(quando nos encontramos e nos saudamos, quando saio com os que vão às compras à
ilha de Bubaque, quando vão à pesca e eu vou com eles, enquanto trabalham,
nomeadamente as camareiras, etc.).
O mesmo se aplica à “patronne”, nos momentos
que partilhamos diariamente: ao almoço, que tomamos juntos, e quando vamos
passear com os cães. Todos têm de falar em português, devendo eu corrigir-lhe
os erros que interferem na comunicação.
2. Uma vez por dia, há uma sistematização (no
escritório do hotel) de aspetos que correspondam às dificuldades detetadas.
Para não interferir com o trabalho de cada um com o facto de o crioulo ser aqui
a língua “sagrada”, a presença nas sessões teóricas não é obrigatória. Logo, a
minha aluna regular é a Solange. Alguns funcionários vêm espreitar (pois acham
divertido eu ser o professor da patroa), assistem uns minutos e voltam para os
seus afazeres.
Nos próximos dias, vou acompanhar o Omar (excelente cozinheiro português) para que possa aprender os atos de fala mais comuns nas interações, visando a comunicação em português com os clientes.
A Solange é uma aluna assídua, aplicada e aprende depressa. E faz sempre os trabalhos de casa!
Nos próximos dias, vou acompanhar o Omar (excelente cozinheiro português) para que possa aprender os atos de fala mais comuns nas interações, visando a comunicação em português com os clientes.
A Solange é uma aluna assídua, aplicada e aprende depressa. E faz sempre os trabalhos de casa!
Conclusão: trabalho “duro” o meu, mas alguém
tinha de o fazer…
Abraço.
AP
Nota: Esta missão resultou de um desafio que me foi lançado pelo representante do AICEP em Bissau (Tiago Bastos). Esteve em banho-maria desde 2016, concretizando-se agora.
Nota: Esta missão resultou de um desafio que me foi lançado pelo representante do AICEP em Bissau (Tiago Bastos). Esteve em banho-maria desde 2016, concretizando-se agora.
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