Sou fã do nosso abono de família futebolístico, mas o que tivemos ontem a alimentar o nosso contentamento foi um… super-Ronaldo!
Colocada antes de um nome, super não é uma palavra autónoma, mas sim um prefixo. Logo, não
pode haver “ar” entre o prefixo e o nome. Ou aglutina ou hifeniza. Como a regra
(não alterada pelo AO90) diz que com super,
híper e inter só há hífen antes de palavras iniciadas por r ou h, super-Ronaldo! E há
uma razão extra para a colocação do hífen, pois o AO90 contempla um procedimento já aplicado, mas só agora consagrado numa regra:
Há sempre hífen antes de nomes próprios (neste caso, Ronaldo), siglas (anti-RTP) e estrangeirismos (anti-apartheid).
Há sempre hífen antes de nomes próprios (neste caso, Ronaldo), siglas (anti-RTP) e estrangeirismos (anti-apartheid).
Quando autónoma, a palavra ganha um acento (por ser grave terminada em r): súper. Vejamos os casos à lupa.
POSIÇÃO NA FRASE
|
REGRA
|
FUNÇÃO
|
1. Antes da palavra a que se refere
|
Só não há hífen quando tem a função de advérbio, significando muito, bastante: “É súper longe!”/”Estou súper interessado!”
|
Advérbio
|
2. Depois da palavra a que se refere
|
Sempre sem hífen:
|
|
“Esse carro é súper!”
|
Advérbio
|
|
“Gasolina súper.” (Redução de supercarburante)
|
Adjetivo
|
|
“Vou ao súper.” (Redução de supermercado)
|
Nome
|
A terminar, os votos de que o nosso super-Ronaldo continue a ser súper!
ProfAP
Sem comentários:
Enviar um comentário