José Carlos Schwarz foi uma das descobertas mais
interessantes que fiz no âmbito das pesquisas que realizei para me preparar para
a primeira missão de voluntariado na Guiné-Bissau em agosto e setembro de 2016.
Desaparecido com apenas 27 anos, num trágico
acidente de aviação em Cuba, em 1977, José Carlos Schwarz teve e continua a ter
para os jovens o estatuto de um verdadeiro herói na Guiné-Bissau.
Já conhecia esta canção, mas só agora, por acaso,
encontrei a tradução num registo de um programa da RTP, de onde retirei também
o extrato que passo a transcrever:
“José Carlos Schwarz foi um dos principais
intérpretes da música de intervenção guineense, no período da guerra. É
considerado o fundador da música moderna guineense. No início dos anos 70 do
século passado fundou o grupo Cobiana Djazz.
As
suas canções, em crioulo, começaram a ser tocadas na rádio de Bissau, facto
inédito que causou perplexidade nas autoridades portuguesas e um grande impacto
na população guineense.
Mindjeris
di pano preto – Mulheres de pano preto – foi uma das primeiras e das mais
importantes.”
Mindjeris di panu pretu
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Mulheres de pano preto
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Mindjeris
di panu pretu
Ka
bo tchora pena (2x)
Si
kontra bo pudi
Ora
kun son di nos fidi
Bo
ba ta rasa
Pe
tisinu no kasa (2x)
Pabia
li ki no tchon
No
ta bai nan te
Bolta
di mundu
Di
rabu di pumba (2x)
Ma
bo na limpa bo korson
Ku
no sangi ku na kai na tchon (2x)
Mindjeris
di pano preto
Ka
bo tchora pena… (3x)
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Mulheres
de pano preto
não
chorem mais
Se
puderem
quando
um de nós cair ferido
rezem
por nós
para
que regressemos à nossa casa
Porque
aqui é que é a nossa terra
não
importa aonde formos
Por
mais voltas que der o mundo
volta-se
sempre ao mesmo lugar
Mas
vocês hão de limpar o coração
com
o nosso sangue que cai no chão
Mulheres
de pano preto
não
chorem mais…
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Abraço
para todos, mas especialmente para os amigos da Guiné-Bissau!
ProfAP
Adorei! E adorava tb conhecer a Guiné, país por quem tod@s se apaixonam. Sílvia
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